Às vezes passa mais de ano
E as coisas acontecem sempre.
Se cochilou, dormiu, caiu da cama,
Sinal que o sono não vem.
De qualquer forma, as alegrias
Disparam luzes rápidas de ilusão,
E o sorriso contente na cara
Mostra que a tristeza tem a razão.
Demora um pouco e o dia chega,
E a gente ficou com o sonho nas mãos.
Respire fundo o ar poluído do mundo,
Apesar dos pesares, viver é duro.
A porta na cara tudo começou,
Deita de quatro sinta,
Que ainda muito há por vir.
Apesar dos pesares, ainda não é o fim.
Tem mais estradas e mais avenidas,
Tem uma lua coberta de nuvens cinzas,
Tem o brilho dos olhos vermelhos,
Tem a gente no outro lado do espelho.
Letra e Música (Célia Demézio)